O Grupo ARAG
A ARAG, companhia de seguros de Defesa Jurídica e Assistência em Viagem, verificou que as vendas das suas apólices de viagem têm recuperado paulatinamente ao longo de 2021, embora a pandemia continue a afetar os tipos de viagem e as contratações realizadas. O avanço da vacinação e a melhoria nos dados epidemiológicos da COVID-19 tornaram o verão de 2021 muito melhor para o setor de turismo do que no ano passado. “Desde junho, mês em que as medidas de segurança foram reduzidas em Espanha e principalmente na Europa, houve um crescimento significativo do turismo”, afirma Alfonso Calzado, Diretor-Geral da IATI.
Durante o mês de junho, a faturação de seguros de viagem da ARAG triplicou em relação ao ano passado, em julho e agosto duplicou, e em setembro faturou-se quase 3 vezes mais do que no mesmo mês de 2020. A adaptação das apólices e a criação do pacote de coberturas COVID da companhia também estimularam as contratações. “A sensibilização é total com as coberturas COVID e são muito necessárias na atualidade, mas continuarão a sê-lo no futuro”, confirma Calzado. Mireia Arenas, Diretora de Assistência em Viagem da ARAG, explica que “apesar disto, a COVID-19 como motivo de solicitação do serviço não foi um fator determinante, nem teve impacto significativo no número total de casos”.
Agora, a maior parte das contratações é de última hora e, em geral, as deslocações têm um caráter mais local ou continental. Isto é algo que afeta diretamente os pedidos de cancelamento de viagem, conforme aponta Arenas: “Em 2021, o volume de cancelamentos está muito abaixo dos anteriores, porque as viagens não são contratadas com a antecedência que era feita antes da pandemia. E a percentagem de viagens nacionais subiu para 59%. A título de comparação, em 2020 as viagens para Espanha representaram cerca de 30% do total”. Em relação às viagens mais longas, Alfonso Calzado explica que “houve países como o México ou a Costa Rica que implementaram políticas menos restritivas e conseguiram atrair um número muito importante de turismo mundial”.
O futuro anuncia-se ainda melhor, como explica Calzado: “as perspetivas são muito boas uma vez ultrapassada a pandemia, pois esta produziu um efeito de sensibilização para o cliente na hora de contratar um seguro. Pessoas que até agora nem pensavam nisso, de agora em diante vão passar a fazê-lo. Estima-se que o número de clientes dispostos a contratar um seguro para as suas viagens tenha duplicado”.
Os serviços mais utilizados em 2021
Em relação aos tipos de serviços de assistência médica prestados aos segurados da ARAG, verifica-se um aumento exponencial da telemedicina: passou de 1,58% do total nos meses de verão de 2019, para 9% em 2020 e quase 10% neste ano. Este aumento nos dois anos de pandemia realizou-se em detrimento das hospitalizações.
No que se refere à convalescença no hotel e repatriamento, destaca-se sobretudo o aumento da utilização da primeira garantia, que se aplica quando, por razões médicas, o segurado tem de ser colocado em quarentena. Este ano representou 42% destes dois serviços, quando em 2020 foi de 11%. Isto deve-se à aplicação do Pacote COVID em 2021 e à pandemia, já que antes era usado em ocasiões excecionais.
Por outro lado, a atividade dos médicos correspondentes diminuiu drasticamente em todos os continentes em 2020 e ainda não recuperou devido às atuais restrições nas viagens intercontinentais. “Enquanto em 2019 os continentes com maior incidência em assistência médica eram a América e a Ásia, em 2020 a Europa foi a predominante, o que se tornou uma tendência em 2021”, explica Mireia Arenas. Das assistências em território europeu, 53% dos casos em 2019 localizavam-se em Espanha. Em 2020, esta percentagem foi de 60% e em 2021 de 62%.